Como abrir e como funciona um posto de combustível? Para essa pergunta temos em linhas gerais a resposta inicial que você precisa. O passo inicial para você já ir se familiarizando sobre o tema.
Posto de combustível é um ramo de atividade que visa a venda de combustíveis para veículos automotores. O posto de combustível incorpora diversas opções ao consumidor em seu portfólio, como a gasolina, que possui vários tipos (comum, aditivada, premium), álcool hidratado, diesel e GNV (gás natural veicular).
O negócio de posto de combustíveis está relacionado à conveniência e mobilidade. Com a possibilidade de transporte da população, especialmente com o desenvolvimento e expansão dos veículos para transporte pessoal, a frequência a um posto de combustível passou a ser uma atividade essencial na vida das pessoas. Abastecer um veículo automotor é uma atividade que se incorporou à rotina de grande parte da população.
O investimento e a quantidade de equipamentos são bem grandes. E também são inúmeros os processos de segurança, licenças e adequações para conseguir o alvará de funcionamento do comércio e demais licenças para conseguir vender o combustível, de modo que, não é tão simples abrir o estabelecimento. A imagem abaixo da uma ideia de como funciona um posto de combustível.
A localização é um fator importante. Procure investir em ruas movimentadas, que oferecem grande fluxo de veículos em horários de pico. Evite ruas desertas que dificultem o acesso dos seus clientes ao posto.
Não basta escolher o ponto e começar a construir. Para abrir um posto de combustível, é preciso estar de acordo do Plano Diretor Urbano da cidade. A construção de postos de combustíveis depende da aprovação da Prefeitura. Algumas áreas possuem restrição a determinados tipos de empreendimentos. Então, fique muito atento e faça tudo dentro dos procedimentos legais.
Além de cumprir com os requisitos exigidos pela legislação municipal, o empreendimento terá que obter ainda Licença Ambiental Prévia (LAP), após Licença de Instalação (LAI) e, por último, Licença Ambiental de Operação (LAO) e cadastro técnico no IBAMA; Além das licenças ambientais vai precisar também do Habite-se do Corpo de Bombeiros e da devida Autorização de Funcionamento emitida por esta entidade para operação da revenda. Por fim, após esses documentos em mão deve ser solicitada a Autorização de Funcionamento perante a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Agora sim, apto para revender combustível.
Ao abrir um posto de gasolina você pode optar por ser “bandeira branca” ou trabalhar com alguma marca já estabelecida no mercado. O lado positivo de não ter bandeira é poder negociar com diferentes fornecedores de combustível e escolher pelo mais vantajoso. Entretanto, caso você trabalhe com alguma bandeira, muitas vezes a marca pode arcar com custos de construção e implementação do seu empreendimento. A compra de combustíveis, então, fica restrita àquela marca. A exclusividade é total do fornecedor, em regra, até o cumprimento da galonagem pactuada.
Como esclarecido, a primeira medida é consultar a Prefeitura da sua cidade para obter informações e a viabilidade. Algumas especificações variam de acordo com o município. Outras normas são estipuladas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e, dizem respeito à construção civil e tancagem dos derivados do petróleo, e pelos órgãos ou fundações ambientais que pode ser a nível Estadual (IMA em SC) ou a nível municipal caso a cidade tenha sua própria fundação ou órgão responsável.
Existem algumas diferenças, também, sobre como montar um posto de combustível em rodovias. Em estradas você deve procurar o DNIT (ou concessionária) para que tudo seja feito dentro das exigências necessárias. Isso acontece por um posto em rodovia demandar desvios, pistas adicionais, distância e sinalização.
Para quem pretende trabalhar com GNV, fiquem atentos às especificidades de como funciona um posto de combustível. As licenças ambientais podem variar também de acordo com a região.
Quais são as vantagens do posto sem bandeira?
1. Liberdade na gestão
Ao não firmar uma parceria com a revendedora, o posto consegue gerir seu negócio sem a intervenção de um poderoso agente externo. Essa liberdade significa uma autonomia nos negócios para flexibilizar fatores que vão da identidade visual do posto até a capacidade de escolher o portfólio de produtos e serviços que será oferecido no posto.
2. Preços mais baixos
Um posto de bandeira não pode quebrar seu contrato e comprar combustível mais barato de outro fornecedor, porém, um posto sem bandeira pode – e deve – procurar o fornecedor com melhor preço. O obstáculo aqui é a necessidade constante de avaliar a qualidade da mercadoria.
Quais são as desvantagens do posto sem bandeira?
1. Dificuldade nas negociações
Em períodos de pré alta (que são momentos estratégicos para a gestão dos postos e das revendedoras), os postos sem bandeira podem passar por dificuldades para encontrar um fornecedor interessado a fazer a venda por um preço justo.
Isso acontece porque nesses períodos os postos fazem valer seus contratos de fornecimento e conseguem garantir reabastecimentos de seus estoques antes que o valor do combustível seja alterado. Com tantos compromissos para honrar com seus postos bandeirados, poucas distribuidoras se arriscam a negociar um alto volume com um “parceiro mais distante”.
2. Investimentos por conta dos proprietários
Postos sem bandeira não contam com o suporte financeiro e os equipamentos fornecidos pelos postos. Sem este investimento, o capital inicial para fazer o posto operar fica bem mais alto.